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psicologia da educação de surdos
Infelizmente, a psicologia voltada para o olhar clínico não reconhecia a existência de uma modalidade diferente de língua - a língua de sinais. Esta era considerada como uma modalidade de comunicação insuficiente e transitória que a criança utilizava antes de dominar as palavras. Um conjunto de sinais quase instintivos, ‘mímica’, ‘comunicação inferior’, ‘gestos bobos’, ‘maldita’, sinais imediatos e universais parecidos com a linguagem dos homens pré-históricos do início da humanidade. Uma série de gestos que imitavam os aspectos visuais da realidade, comparando-a com a linguagem dos macacos devido a ser entendida como não satisfazendo as necessidades da linguagem humana.
Como conseqüência do não-reconhecimento da língua de sinais como a língua natural da comunidade surda e essencial para a constituição psíquica do sujeito surdo, a psicologia reforçou os conceitos da medicina e da pedagogia ortopédica que excluíam o corpo psíquico - o sujeito - e priorizavam o corpo orgânico – o ouvido, reduzindo o surdo a um corpo físico, defeituoso que deveria ser consertado para estarem adaptados as exigências do social.