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psicologia da educação de surdos
Todos os surdos que fazem uso da língua de sinais, mesmo sendo ela excluída dos processos escolares e familiares, encontram formas de interagir com o mundo por meio dela. Embora se sintam de algum modo, estigmatizados nas relações com os ouvintes, vários sujeitos surdos identificam-se com a comunidade surda e com a língua de sinais.
Essa condição possibilita maiores chances de que venham alterar uma visão estigmatizada de si mesmos, pois mesmo com as ambigüidades vão construindo a convicção de que a língua de sinais é indispensável aos intercâmbios, aos aprendizados e a construção de sua identidade.
Para adquirir uma identidade surda e tornar-se membro desta comunidade é necessário conviver com os surdos, freqüentando escolas, clubes, associações de surdos... Esse contato é fundamental para que haja uma identificação e para que a criança surda venha a se constituir um sujeito surdo.
Todo ser humano tem necessidade de contato com sua comunidade, com seus iguais para a partir disso, poder estabelecer as diferenças. Dentro de sua comunidade o surdo tem a possibilidade de identificar-se com seus iguais através da interação entre seus membros.
Os surdos que desde cedo se integram na comunidade surda consideram-se pessoas essencialmente visuais, com uma linguagem visual, uma organização social, uma história e com valores culturais que lhe são próprios, assegurando uma teoria sobre o mundo e a formação de uma identidade pessoal.