Outro aspecto importante a ser analisado nas avaliações realizadas pela Psicologia é o fato da mesma, em seus estudos, tomar todos os membros da comunidade surda como homogêneos, desconsiderando a singularidade dos sujeitos surdos envolvidos. Os resultados baseados na média foram divulgados sem levar, em muitas situações, os diferentes grupos formados por surdos, ou seja, diferentes graus de perda auditiva, escolaridade, sexo, idade, classe social, língua que utilizam para sua comunicação, entre outros. Para o autor, essa constatação inviabiliza a generalização dos resultados. Sendo assim, afirma que para haver uma avaliação séria o examinador deveria ser fluente na língua de sinais e conhecedor dos aspectos comunicativos, cultural e social da comunidade surda. Como, em geral, essa não é a realidade, a classificação é baseada em padrões que não são adequados aos surdos, culminando em diagnósticos equivocados. Assim, dificuldades na administração, leitura e interpretação dos testes, bem como, conteúdo e normas impróprias para surdos levam a supor que as estimativas relativas à incapacidade dos surdos não se mostram seguras, já que não existem critérios fiáveis e válidos para diagnosticá-las.