top
Met de Ensino em Língua de Sinais como L2
Em relação aos contextos de ensino de LIBRAS, entretanto, devemos estar sensíveis que todos os entraves e dificuldades na criação de sua tradição têm implicações diretas para a vida do surdo, em uma proporção muito distinta à de um aluno falante do português que tem na escola, por exemplo, professores falantes do mesmo idioma.

Os professores de LIBRAS (a maioria sem formação específica), por sua vez, têm ensinado a partir de suas experiências como alunos (Gesser, 1999), integrando fragmentos importantes e pioneiros de conhecimentos construídos sobre e na LIBRAS geralmente obtidos em cursos intensivos oferecidos por associações de surdos e/ou a partir de algum projeto específico, como é o caso exemplar do curso Libras em Contexto idealizado por lingüistas, intérpretes e professores surdos em parceria do MEC e Feneis, ou ainda por se orientar em pesquisas estrangeiras. Hoje contamos com a Licenciatura Letras-LIBRAS que se inscreve como mais uma ação de compromisso com a comunidade surda, possibilitando uma formação reconhecida às pessoas que pretendem atuar como professores de língua de sinais no Brasil.

O planejamento pode ser feito dependendo da necessidade. Diferentes situações educacionais requerem diferentes planejamentos. No caso do ensino de LIBRAS para ouvintes, especialmente devido ao que manda o decreto 5626, tem desenhado o surgimento de “situações novas’ (pensemos na inclusão do ensino de LIBRAS como disciplinas optativas e obrigatórias nos cursos de Licenciatura nas universidades). Em linhas gerais, pode-se afirmar que o planejamento pode ser procedente em pelo menos dois casos: em contextos educacionais onde já exista um curso implantado que precise ser revisto e modernizado, ou no processo de criação de contextos novos. Estes podem ter natureza “geral” e “instrumental”.