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Met de Ensino em Língua de Sinais como L2
8.2 Questões no planejamento de cursos e unidades
O planejamento de um curso de línguas é um dos pilares para o ensino formal de línguas e, conforme nos define Almeida Filho (1997b: 30) é “um documento escrito, explícito, que contém previsões dos conteúdos-amostras e da natureza das experiências que se farão com e na língua-alvo”. Adentrar nesta discussão sobre planejamento de cursos de LIBRAS como L2 é de extrema validade para a otimização do processo ensino-aprendizagem, além do que o sucesso de aprendizagem dos ouvintes refletirá direta ou indiretamente no processo de escolarização de surdos (Gesser, 1999). Ainda que a LIBRAS e o direito do surdo em aprender os conteúdos escolares em sua própria língua façam parte de afirmações construídas sócio-historicamente, observadas nos relatos que contam as inúmeras batalhas do passado, é fato que o reconhecimento social e político tenham ganhado mais visibilidades nos tempos atuais, com a determinação do decreto 5626/05 que regulamenta a lei 10.436/02.

O panorama instaura um novo momento, e políticas e ações positivas direcionam para o atendimento de uma demanda de qualificação de profissionais, especificamente na formação de professores ouvintes bilíngües, intérpretes e professores surdos de língua de sinais. No caso de contextos de ensino de LIBRAS, sabemos, entretanto, que há um percurso percorrido, e mesmo nas adversidades e com uma carência de dados descritivos e pesquisas para embasar as ações dos profissionais da área, os professores de LIBRAS (ou instrutores) obrigaram-se a vivenciar e resolver na prática todos os desafios que o processo de ensino-aprendizagem requer. Assim tem sido, pode-se afirmar, com a maioria dos contextos de ensino de línguas, pois estes vão sendo construídos dependendo da demanda, interesse, políticas lingüísticas e do valor/prestígio que a sociedade atribui a uma determinada língua.