7.1 Delineando princípios e critérios para avaliar o livro didático Embora cada professor avaliador possa estar preocupado com aspectos distintos na hora de avaliar um determinado material, Cunningsworth (1984: 5-6) nos aponta que alguns princípios devem ser considerados. Em primeiro lugar, os livros devem estabelecer as pontes entre as necessidades dos aprendizes e os objetivos do programa. Em segundo lugar, os livros devem contemplar a linguagem que o aprendiz fará uso, pensando em equipá-los a partir dos propósitos específicos, pois há uma diferença entre a linguagem usada em sala de aula, de livros, e a linguagem do mundo real. É necessário também que o livro não imponha um método rígido para a aprendizagem – cada aluno tem formas distintas de aprender e neste sentido o livro deve apresentar possibilidades que facilitem a aprendizagem. O quarto princípio diz que os livros devem ter um papel claro de suporte para a aprendizagem, com veredas prazerosas e acessíveis ao aluno, pois funciona apenas como mediador entre a linguagem apresentada, o processo de aprendizagem e o aprendiz. Não se trata apenas de contemplar um desempenho lingüístico desejado ou de apresentar os itens indicados, mas de centrar também no aprendiz, em seus desejos e sentimentos na relação que estabelece com a língua alvo.