Então, para um aprendiz produzir enunciados na língua alvo, a compreensão é pré-requisito. Refere-se a conhecida fórmula (i+1). Um insumo fácil, sem desafio (i+0) tanto como um insumo muito difícil e complexo (i+2) emperrariam o processo de aquisição. Em sua quinta formulação teórica, o pesquisador destaca a hipótese do filtro afetivo dizendo que se o aluno está ansioso, se tem baixa auto-estima, se não se sente parte do grupo no ambiente, então a aquisição será “bloqueada”. Podemos ver ai que fatores emocionais podem inibir a faculdade de linguagem dos alunos.
Embora tenha alguns pontos fortes, a teoria de Krashen tem também seus pontos fracos e por isso recebido severas críticas de outros estudiosos sobre o assunto. Uma das principais questões está para a forma nebulosa que o autor usa os termos subconsciente ao se referir à aquisição e consciente para à aprendizagem, já que muitos têm apontado que estes são termos muito difíceis de se definir (McLaughin et allii, 1983). Outra crítica é o fato de Krashen declarar que não há interfaces entre aprendizagem e aquisição, e também renegando a zero a idéia de ensino explícito de regras gramaticais. A este respeito muitos estudos apontam direções positivas e afirmam que a instrução na forma pode desencadear a competência comunicativa na L2 (cf. Brown, 2000: 280). Há também certo essencialismo em Krashen ao dizer que o insumo é a variável para a aquisição, sugerindo um descrédito total aos aprendizes e aos seus esforços no processo de exposição lingüística. Promove-se, em contra partida, evidências para a hipótese do produto (output) que, de uma forma geral, pregam que se adquire linguagem produzindo, tentando novas regras e vocabulário a partir da correção, e ajustando a produção aos interlocutores. Este enfoque é dado no modelo sócio-construtivista, como veremos adiante. (Swain & Lapkin, 1995).