O Método Silencioso, idealizado por Caleb Gateno em 1972, tem uma inclinação bastante voltada para a resolução de problemas, ainda que Gateno pensasse em uma perspectiva humanista. Nele, o aprendiz era motivado a descobrir o seu aprendizado sem ser ensinado, e por isso os processos indutivos de ensino eram postulados pelo professor. Nesta perspectiva acreditava-se promover a independência, a autonomia e a responsabilidade do aluno no processo da aprendizagem da língua alvo. Atividades de resolução de problemas eram feitas, e o aluno levado a descobrir ou criar novas produções ao invés de apenas repeti-las ou emita-las. Os professores, por sua vez, ficam em silêncio, promovendo feedback através de sinais ou por intermediações com o uso de objetos físicos. Todos os desafios são resolvidos pelo o aluno e o professor deve ficar fora de cena para não intervir no processo. As críticas ao método referem-se ao fato de o professor ocupar um papel muito distante, e neste sentido, provocar uma atmosfera menos interativa e comunicativa. As falhas recaem no fato de que em muitos casos não há necessidade de o aluno ficar horas a fio tentando resolver uma questão já que o professor pode interferir e rapidamente guiar este aluno sem que este “sofra” tanto. A lição que esse método nos ensina é procurar permitir aos alunos – em alguns momentos das nossas aulas – que se sintam desafiados para buscar respostas e não recebê-las prontinhas a toda hora (Brown, 1994: 63).