O enfoque, como se vê, recai para o uso da língua, mas concebe o aprendizado com um “molde” de hábitos, centrado e manipulado pelo professor para evitar que alunos não cometessem erros. A popularidade do método começou a entrar em declínio e severas críticas foram feitas: apontava-se que a língua não poderia ser adquirida somente pela repetição, ou por formação de hábitos; e que erros não deveriam ser necessariamente evitados (Brown, 1994: 58). Outra questão era a de que havia repetição de frases que eram incompreensíveis para os próprios aprendizes, sem qualquer tipo de interação comunicativa. Coibia-se a liberdade de expressar formas não treinadas, e por isso a criatividade e os interesses dos alunos não era sequer contemplado.
No período subseqüente (anos 70) os profissionais vivem certa revolução com a gramática-gerativa de Chomsky, afirmando que o nativo de uma língua tem uma predisposição inata para adquirir a língua, ou seja, possui uma “gramática universal”. A mente humana já está pré-determinada biologicamente para adquirir uma língua, pois possui princípios rígidos internalizados. Chomsky – ao desenvolver sua teoria da Gramática Universal – não estava tratando do aprendizado de uma L2, mas sua teoria tem implicações e aplicações para esta área de conhecimento (cf. Krashen). Esta abordagem, conhecida como racionalista (ou cognitiva), contrapõe-se com a abordagem empiricista (behavorista) que fundamentou o método audiolingual. A primeira concebe o uso da língua como uma função intelectual, onde a aprendizagem deve ser carregada de sentido: saber uma língua é ser capaz de criar novas sentenças na língua. Já na segunda (empiricista) concebe-se a língua como um hábito, de uso automático, imitativo, cuja aprendizagem recai na memorização e exercícios repetitivos pautados em estímulos. Nesta atmosfera da abordagem cognitiva são formulados vários métodos: Silencioso, Comunitário, da Resposta Física Total, Sugestopedia, e Natural.