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Met de Ensino em Língua de Sinais como L2






2.4 Para refletir...
Veja-se que a abordagem comunicativa de ensino tem em seu eixo central a premissa de que as línguas servem para comunicar, interagir. O professor realizaria a sua prática de modo a contemplar situações nas quais os aprendizes tenham oportunidades garantidas de manter o contato com o outro. Ainda que tentemos, ao assumirmos este viés, fazer do contexto de ensino um momento de comunicação real, significativa e natural, estas são apenas tentativas e aproximações. Isto é importante destacar porque tanto os professores como os alunos podem criar uma ilusão instaurada pelo mito do nativo e o mito da comunicação (Coracini, 2007). Afirmações positivas em respeito à diversidade lingüística marcam os discursos dos tempos modernos, mas parece que se mantém a crença ainda muito forte entre professores e alunos de que a aprendizagem efetiva de uma língua só se dá se falarmos muito próximos ou iguais ao “nativo”. Esse ideal estigmatiza os diversos falares e finca à noção de língua os ideais da homogeneidade e do purismo lingüístico. O mito da comunicação, por sua vez, supõe que ao entendermos que usamos a língua para travar a comunicação, temos a idéia (ilusória) de que ela é transparente e que as palavras por si só são suficientes para se estabelecer o entendimento... e, sabemos, não são! (cf. Bakhtin, 2004). A profissão de professor requer uma reflexão contínua dessas questões, seja no contexto de línguas orais ou de sinais. Pense a respeito!