Estes vários temas que os pensamentos foucautianos e também dos Estudos Culturais têm motivado também motivam a desconstruir pensares que motivam formas excludentes. Por exemplo, há muitos depoimentos surdos onde o ensino destinado aos ouvintes simplesmente os excluía de participação, e voltavam para casa com o semblante carregado e tenso devido à sensação de se sentirem deficientes, nesta forma de Didática fica anulado e o surdo se sente sujeito participativo. Todos os temas por nós pesquisados, bem como nossa entrevista aos alunos surdos onde eles declaram que se sentem melhor sentindo serem eles mesmos e que a rejeição da surdez acabou e a sensação da diferença é mais presente. Quando os professores surdos citam estes temas é de acordo com Corazza: “propor um planejamento é produzir uma visão política e um espaço de luta cultural” (1997, p. 124), isto nos remete a idéia de que as práticas culturais presentes na sala de aula levantam a auto-estima dos alunos surdos por isso a importância do uso de estratégias de tematização condizentes com os artefatos culturais do povo surdo, como a escrita de língua de sinais.