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Didática e Educação de Surdos
         
 
Vertentes estas que representam um importante marco para a luta política que questiona a Pedagogia, a Didática e o Currículo oficial, ou seja, a educação preconizada pelos órgãos públicos, como é o caso dos PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais). Estas posições dos poderes públicos remetem aos termos “diversidade”, “tolerância” com que muitas vezes os surdos são tratados.
Quanto a Pedagogia, a Didática e o currículo surdos, esta teoria nos coloca em terreno fértil em que questiona as relações de desigualdades sociais entre surdos e não surdos. Trata-se de um importante espaço para a contestação dos surdos que até então eram excluídos em diferentes espaços sociais. Aqui se constrói o grupo, se solidificam os artefatos culturais. Aqui não se questionam desigualdades capitalistas, mas desigualdade de oportunidade e a visão da anormalidade atribuída aos surdos bem como a questão da diferença cultural o uso da língua de sinais e outros pressupostos.
As teorias pós-modernas possuem várias vertentes preconizadas em que vivemos uma nova cena histórica, novas cenas educacionais. Seus espaços são campos contestantes de conceitos e discursos da modernidade. É obvio que questionamos o Currículo e as práticas da modernidade e da teoria critica, cujas características podem ser enumeradas: a) saber totalizante; b) razão iluminista; c) progresso cumulativo; d) axiomas inquestionáveis; e) sujeito racional, livre e autônomo; f) questões de subalternidade. E propomos mudanças nestes espaços. Nossa proposta visa o fortalecimento da cultura surda, a identidade como sujeitos surdos. O que se faz está determinado pelo que se pensa a partir de dentro, de espaços culturais.