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Didática e Educação de Surdos
         
 
2.1. A Didática e os processos tradicionais
Como vimos da leitura de Comenius, foi por meio das teorias tradicionais que se originou a sistematização do ensino, os educadores nos tempos remotos sempre estiveram envolvidos com o ensino antes mesmo do surgimento das atuais denominações de Pedagogia, Didática e Currículo. A Didática Magna é um dos exemplos compilados na teoria tradicional, como já explicitamos na unidade anterior.
As teorias tradicionais em educação enfatizam a questão da objetividade com uma pergunta central: “como formar o homem de acordo com o modelo?” Esta questão gira sempre em vista de um modelo, um objetivo. O modelo é universal. Desta forma a Didática se preocupa sobre organizar tecnicamente os conteúdos a serem ensinados a partir de um modelo. Uma forma tecnicista e universal de organizar os conteúdos. O planejamento aqui tem objetivos que primam pela organização pelas estratégias em torno da Pedagogia, da Didática e do Currículo de forma essencialmente técnica.
O Planejamento neste espaço, como salienta a autora Corazza (1997) no artigo em referência, tem se constituído em respostas genéricas aos “comos”. A forma de ensino se tornou historicizada. A forma tradicional é tecnicista e instrumental e organiza conteúdos, objetivos, atividades e avaliações de uma maneira que nada tem a ver com a política das culturas, mas que tende ao universal e conduzem a uma aprendizagem mecânica e unificada. Corazza ainda escreve sobre o que aprendeu no Curso Normal, onde estudou no colégio de freiras:
Desta forma, a autora critica o tradicionalismo desta Didática que sistematiza estratégias de planejamento de ensino constituindo controle sobre o professor quanto no planejar das suas aulas.