A partir de Saussure surge a gramática descritiva: o estudo da língua fica centrado conforme ela se apresenta. Leonard Bloomfield foi um grande representante do estruturalismo, tendo como fundamentação em seus estudos a rejeição do conhecimento interior. Apoiados neste paradigma estruturalista, os estudos da língua sempre foram centrados na língua por ela mesma e seu objetivo maior era descrever os diversos sistemas lingüísticos, não contando para esta análise o contexto onde se realizavam e as condições dos falantes ao utilizarem determinado sistema. Como estes paradigmas refletem no papel do professor de línguas? Encontramos, em conformidade com esta concepção, um profissional que acredita ter a autoridade e a propriedade do novo saber e que o aluno somente é capaz da repetição deste novo conhecimento, da verdade de um grupo seleto, já estabelecida, e que a ele está negada a participação em sua construção. Para este professor o que vale é a sua verdade, a sua visão de mundo e, o aluno é uma “folha em branco” que será escrita a partir dos conhecimentos dados na escola. Deste modo os métodos de ensino estavam direcionados para repetição de modelos e, acima de tudo, partindo do um modelo IDEAL de sujeito, representado pela homogeneidade.