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Linguistica Aplicada L8
O Renascimento rompe o autoritarismo das explicações divinas, que era a base para as respostas das casualidades, e privilegia-se a racionalidade. Está na observação, na descrição e na análise dos fenômenos a compreensão do mundo. As contribuições de Galileu, na Itália, Newton, na Inglaterra e Descartes, na França, marcaram o domínio da razão sobre o mito (Bohn, 2002: 106). Os filósofos da antiguidade e do renascimento apresentaram numerosas questões relativas à linguagem, porém sempre partindo de um saber constituído, a lógica da língua (Bronckart, 1985). Segundo Bronckart (1985) , a partir do século XIX, a atitude filosófica é substituída por métodos científicos de compilação e análise de dados. Surgem, assim, as marcas da modernidade: o argumento científico, o domínio da razão, do cartesianismo (de Descartes). Nesta linha de pensamento, o sujeito é passivo e recipiente, isto é, deve ser preenchido com as novas verdades e saberes.
Estas idéias ecoam no behaviorismo que tem como seu grande expoente Frederic Skinner, que defende o conceito de que em todo comportamento existem mecanismos de controle por meio de reforço de estímulos capazes de provocar uma determinada ação como resposta. Nesta visão não estão considerados, ou melhor, são evitados, conceitos relacionados aos estados mentais. Os reflexos desta concepção também encontraram frutos nos estudos da linguagem. O Estruturalismo, alimentado pelas idéias de Ferdinand de Saussure, autor tratado na disciplina de Estudos Lingüísticos, nunca levou em conta as condições de produção e os falantes, implícitos naturalmente, na produção lingüística.