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Linguistica Aplicada L8






4.1 Breves notas sobre o histórico dos paradigmas teóricos

Com o objetivo de contribuir nas respostas aos questionamentos anteriores, vamos apresentar, de maneira breve, alguns paradigmas teóricos no sentido de pensar como, implicitamente, eles podem e/ou refletem na prática do professor e suas relações em sala de aula. Não temos a pretensão de esgotar a discussão e sim retomarmos noções em seu eixo histórico-teórico, compreendendo as diferenças entre um e outro.
Na antiguidade e na Idade Média a casualidade era explicada como poderes sobrenaturais e todo conhecimento sobre o mundo era atribuído ao divino (bem ou mal). Na antiguidade clássica, dois grandes filósofos Platão e Aristóteles têm uma grande influência sobre o desenvolvimento da ciência. Na Idade Média surgem dois expoentes determinantes Santo Tomás de Aquino que credita a Deus todas as respostas para compreensão do mundo e Santo Agostinho, que preconiza a não existência de fronteira entre a fé e a razão. Na visão tradicional, o conhecimento se dá na observação do mundo pronto, que apresenta uma organização pré-definida, um mundo explicado por uma relação de efeitos e causas, bastando ao sujeito observá-lo e percebê-lo. Conhecimento é contemplação, não ação.