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Libras V






O terceiro mecanismo de expansão do léxico na ASL são os sinais miméticos. Muitos dos sinais inventados ou formados da ASL foram compostos de partes significativas de sinais em novos arranjos com uma representação transparente do formato, da moldagem e da qualidade de seus referentes. A configuração da mão, a localização e o movimento destas invenções são convencionalizadas e as combinações são feitas de acordo com as restrições da ASL nas formas do sinal.

BELLUGI e KLIMA (1979) mencionam os processos modulativos influenciados pela morfologia da ASL. Estes processos exibem uma sistemática interna em suas diferentes dimensões correlatas a uma rede de distinções semânticas. O processo modulativo pode se aplicar a um sinal com ordens alternativas das diferentes hierarquias das estruturas semânticas, sendo altamente recursivo.
Veja alguns exemplos

Com o que vimos até agora, podemos perceber que o vocabulário das línguas de sinais é rico, expandido por um grande número de processos para a criação de novos conceitos.

Para finalizar, vamos conceituar a ‘Forma supletiva’. Esta é um processo através do qual, em casos irregulares e idiossincráticos, a substituição de uma forma morfologicamente não relacionada é associada aos processos semânticos e/ou sintáticos específicos que normalmente acompanham um processo morfológico.

Vamos tomar como exemplo ‘ruim’ e ‘pior’. ‘Pior’ está semanticamente relacionado à ‘ruim’, apesar de não existir relação morfológica entre as duas palavras, ou seja, não há semelhança fonética entre elas.

Na LIBRAS, podemos utilizar o mesmo exemplo para representar a forma supletiva. Os sinais para RUIM e PIOR também não apresentam semelhança morfológica, mas estes sinais estão relacionados semanticamente.