top
Estudos da Tradução II B8
         
 
C) Sistemas de TA: Abordagem de Tradução Interlíngua

Nesta abordagem, o texto passa por um processo onde é transformado em interlíngua e a tradução (texto alvo) é gerada a partir desse texto interlíngua, o qual se procura chegar ao sentido de cada elemento para a realização de uma tradução (SANTOS, 2006). A abordagem interlíngua utiliza-se principalmente de elementos de sistemas fornecidos com base em estudos de inteligência artificial.
A idéia de utilização desta abordagem surgiu em 1969, a partir das discussões do filósofo israelense Yehoshua Bar-Hillel que tinha como fundamentos uma tradução não baseada apenas em um processo mecânico, mas sim utilizando processos computacionais. Assim, o texto deixaria de ser apenas uma tradução direta ou uma transferência, mas passaria a ter uma relação de sentido entre as línguas envolvidas.
Por ser uma abordagem totalmente baseada em regras, esta abordagem encontrou muitas limitações, principalmente quando havia a necessidade de ser feita uma tradução de grande escala, necessitando da utilização de um corpus e um conjunto de regras baseado em um domínio geral. Porém, em situações nas quais estas regras e o corpus eram exigidos a executar uma operação de tradução com um texto fonte de domínio de cunho específico, esta abordagem conseguia realizar essas operações mostrando um alto grau de qualidade e precisão.
Um dos principais exemplos que podemos citar desta abordagem é sua utilização na tradução de textos de domínio específicos no Japão, o sistema de tradução automática chamado Fujitsu. Por se tratar apenas de textos de linguagem específica e restrita, o corpus preparado e o conjunto de regras tornou-se eficaz para a realização dessas traduções.
A abordagem interlíngua, por utilizar deste conjunto de regras fechadas, logo deixou de ser um dos principais objetos de estudo, devido surgimento de outras abordagens mais sofisticadas.