top
Estudos da Tradução II B8
         
 
Esta unidade discute os Sistemas de Tradução Automática (Sistemas de TA) e está dividida em quatro partes principais:

1.1. Um breve apanhado histórico do surgimento dos sistemas de TA;
1.2. A definição de um sistema de TA;
1.3. O funcionamento através dos vários tipos de abordagens empregadas e, consequentemente, os problemas enfrentados por estes sistemas;
1.4. Algumas discussões sobre a utilização deste recurso no que diz respeito às línguas de sinais.

1.1. Histórico

Idéias iniciais sobre processos de TA se deram ainda no século XVII, quando filósofos como Leibniz e Descartes propuseram a codificação de palavras que se relacionavam entre as línguas, porém esse trabalho se deu apenas de cunho teórico e não influenciou o desenvolvimento dos sistemas de TA (HUTCHINS, 2001).
Os primeiros sistemas de TA surgiram ainda na década de 30. Em 1933, SMIRNOV-TROJANSKIJ, apresentou um mecanismo que possibilitava a tradução entre diversas línguas de forma simultânea, porém lingüistas russos que tratavam da tradução automática não consideraram o sistema desenvolvido por SMIRNOV-TROJANSKIJ. Em 1946, alguns cientistas fizeram tentativas para a realização de uma automática utilizando calculadoras científicas. Essas calculadoras eram alimentadas por um conjunto de dados pequeno e proporcionavam apenas uma tradução palavra-por-palavra (MATEUS et al., 1995).
Considerado como o pioneiro da TA, o Weaver Memorandum em 1949 também era um sistema que traduzia, automaticamente, segmentos entre a língua russa e a língua inglesa. Após esse marco, o americano WARREN WEAVER e o inglês BOOTH, criadores do sistema, se convenceram que a TA podia realizar o processo de tradução totalmente automatizada e alcançar os objetivos propostos.