top
Escrita de Sinais II L8B8
Outros pesquisadores registraram que a mãe surda, trabalha sempre com a atenção visual da criança e jamais inicia um jogo ou brincadeira até que a criança olhe para ela. Já, quando a mãe não é surda, é o bebê que tenta resolver, pelos seus próprios meios, o problema da comunicação: os bebês surdos de pais ouvintes, não expostos á língua de sinais desde o nascimento, começam a desenvolver gestos manuais para expressar seus pensamentos, desejos e necessidades. A criança não sofre por parte do meio uma simples pressão exterior, mas, pelo contrário, procura adaptar-se a ele. Portanto, a experiência não é recepção, mas ação e construção progressiva.
O fato fundamental, para a criança surda que está impedida de adaptar-se ativamente ao meio sonoro é o de que a língua oral, cuja representação sonora é a palavra, não pode ser adquirida naturalmente.
Observações realizadas por Karnopp (1999), na aquisição da Libras, investigam três aspectos do desenvolvimento infantil: a questão da percepção visual, da produção manual e da importância do input visual. O input em língua de sinais é, obviamente, importante para que o bebê passe para etapas posteriores no desenvolvimento da linguagem. (Karnopp e Quadros, 2001 pg. 217).