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Escrita de Sinais I







A subordinação da língua de sinais à língua portuguesa, e a hegemonia dos professores ouvintes nas escolas e classes de surdos, faz com que muitos surdos desvalorizem sua própria língua e junto com ela a si próprios. Essa desvalorização já havia se tornado evidente para o pesquisador Roch Ambroise Bébian que trabalhava no INJS de Paris, antes do malfadado Congresso de Milão , onde a língua de sinais era usada pelos alunos e, como hoje acontece muitas vezes, usada, mas pouco conhecida pelos professores ouvintes
Aqui no Brasil existem mais ou menos 120 associações de surdos, espaços onde foi preservada e desenvolvida a língua de sinais e onde se constrói a cultura surda. Essas comunidades surdas surgiram pelo motivo de que na época, as escolas de surdos proibiam comunicar com a língua de sinais, então os surdos fundaram muitas associações para ter possibilidade e liberdade de comunicação entre eles.
No final do texto aparece o nome de um educador de surdos francês que viveu no início do século XIX. Ele é o autor da primeira tentativa de inventar um sistema para escrever os sinais da qual temos registro na cultura ocidental.