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Escrita de Sinais I






O conhecimento do conceito metalingüístico supõe que para refletir sobre a linguagem é necessário poder colocar-se fora dela, poder observá-la, e isso está intimamente relacionado com a possibilidade de ler e escrever. A razão pela qual ler e escrever é um instrumento de reflexão metalingüística é a de que para poder realizar essa tarefa é necessário avaliar os significados precisos dos termos e das relações gramaticais entre eles para poder compreender ou escrever textos. A realização das operações metalingüísticas se processam naturalmente durante o trabalho escolar de escrita das línguas mesmo que não aconteça a aprendizagem formal dos termos gramaticais correspondentes.

1.1 A Escrita de Língua de Sinais

A escrita real, que responde a uma situação, a uma motivação, supõe compreensão do modo de sua construção. Na escrita real a criança precisa criar os elementos e as relações entre eles que não podem ser pré-estabelecidos . .
A construção da escrita passa pela experimentação de hipóteses. Na teoria de Piaget, “o conhecimento objetivo aparece como uma aquisição, e não como um dado inicial”. (Piaget, apud Ferreiro, Teberosky, 1988, pg.33). A criança quando aprende a escrever constrói suas estruturas cognitivas e simultaneamente reconstrói o sistema da escrita. Para que a criança se aproprie da escrita como um sistema de representação, ela precisa diferenciar os elementos e as relações próprias ao sistema e também, compreender a natureza do vínculo entre o objeto do conhecimento e sua representação.