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Escrita de Sinais I






A configuração atual de uma língua está na relação entre os seus elementos e não no valor intrínseco deles. Os elementos individuais adquirem sentido, conforme se posicionam, dentro da configuração particular que constitui uma determinada língua.
Quanto ao significado dos elementos, ele é arbitrário, atribuído pela comunidade falante, ou sinalizante, que vai incorporando novos vocabulários, ou no caso das línguas de sinais novos sinalários em uma construção que é social.
Em relação aos processos de aquisição de duas línguas orais, as pesquisas apontam para o fato de que essas aquisições são criticamente determinadas por processos de integração e diferenciação dentro de um mesmo sistema lingüístico e também através de diferentes sistemas lingüísticos. A observação desse pressuposto aponta para a necessidade de que a criança surda tenha a oportunidade de realizar esses processos comparando, integrando e diferenciando sua língua natural, aquela que ela consegue adquirir perfeitamente, a língua de sinais, com a língua de seu país em sua forma escrita, para poder adquirir essas duas línguas, a fim de conseguir um bom desenvolvimento de sua linguagem e uma inserção positiva no mundo.
A realização dessas operações de diferenciação e integração, entre a língua de sinais e a língua oral do país, demanda que aquela não seja tratada apenas como facilitadora da comunicação, mas sim como objeto de estudo visto que comprovadamente é dotada de todos os atributos lingüísticos encontrados nas outras línguas.