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Escrita de Sinais I
A escrita alfabética é um sistema funcional complexo que tem sua origem na análise dos sons da linguagem, da separação de certos sons do fluxo da linguagem e de sua transformação em fonemas constantes e generalizados. Esse primeiro passo que implica a função integrada do sistema áudio-articulatório cria a potencialidade para a escrita. O passo seguinte é a identificação desses sons, nos diversos contextos sonoros em que aparecem, e a análise de sua dependência das posições que ocupam nas diferentes palavras. Apenas quando correm essas condições torna-se possível traduzir os fonemas em grafemas (sinais escritos) que podem ser representados mediante ações motoras e desenvolver o sistema de movimentos uniformemente conexos, característicos da escrita, quando convertida em uma atividade automática.
É necessário pontuar que em todo o desenrolar desse complexo funcionamento participam as conexões preliminares que se estabelecem em relação com a linguagem interna e que, por meio de um feedback contínuo jogam o papel de alimentador e regulador do processo. A escrita tem a intenção de poder ser lida por alguém por isso a escrita tem sempre uma motivação.
A escrita alfabética é um sistema gerativo que possibilita ler qualquer palavra nova. Ela permite a auto-aprendizagem pelo leitor. O processo aos poucos contribui para criar uma representação ortográfica (correta grafia) de cada palavra, que será então lida pela rota lexical, o que acontece com as palavras já bem conhecidas e que aparecem com freqüência. (exemplo coca-cola).