top
Escrita de Sinais I
Surge então a idéia de incorporar aos registros escritos elementos das línguas faladas para tornar o significado mais claro e unívoco, pois acontecia à polissemia, isto é: multiplicidade de significados possíveis de se atribuir às figuras. O rebus, que então surgiu, foi uma figura para evocar não os significados visualmente aparentes, mas sim aqueles formados pelo encadeamento dos sons da palavra. Ao tornar os sons visíveis, o rebus passou a permitir representar conceitos abstratos com muito maior clareza. Os rebus já eram usados, junto aos hieróglifos e misturados a ideogramas para acrescentar pistas. Por exemplo, um rebus de um ramo cujo som era (re) colocado junto à figura que representava pagar para significar – (reembolsar).
Os silabários, que foram à etapa seguinte, ainda tinham uma baixa geratividade. Por exemplo, o sistema cuneiforme da Mesopotâmia continha quase 600 sinais, o que dificultava muito sua aprendizagem.
A invenção do sistema de escrita alfabético foi devida à percepção de que a escrita pode ser organizada mais eficientemente representando cada som da língua por um sinal específico. Esse tipo de organização reduz muitos os sinais necessários, pois em uma língua os sons em geral somam menos de quarenta. A introdução das vogais surgiu apenas no primeiro milênio antes de Cristo na Grécia.