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Aquisição da Língua de Sinais
Já no teste de produção, os alunos assistiam a um trecho de desenho animado e depois deveriam contar novamente a história em língua de sinais. Foi nessa etapa que as autoras verificaram maior dificuldade por parte dos alunos com aquisição tardia de L1. Na sua maioria, os alunos não conseguiram narrar todos os eventos da história, não conseguiram contá-la em uma seqüência lógica e o uso do espaço e a organização dos referentes no espaço não era clara. Esses aspectos foram verificados tanto em crianças como em adolescentes e adultos. Analisando todas as variáveis consideradas para o estudo, as autoras perceberam que o tempo de exposição à língua de sinais foi um fator importante para o desempenho dos alunos. Quanto mais tempo exposto à língua de sinais, melhor o desempenho dos alunos nos testes.

Taub et. al (2006) fizeram uma investigação sobre a interferência da gesticulação de ouvintes na aquisição da ASL como L2. Eles realizaram um estudo longitudinal para pesquisar em aprendizes ouvintes da ASL como L2 como se dava o desenvolvimento precoce de certas habilidades espaciais que são fundamentais para a produção de algumas estruturas em língua de sinais, como as estruturas classificadoras (também denominadas estruturas do discurso em terceira pessoa), as estruturas de troca de papéis ou estruturas de ação construída (também denominadas estruturas do discurso em primeira pessoa) e o uso de localização no espaço de sinalização. Para os autores, duas questões básicas estavam presentes: 1) Há transferência de quaisquer habilidades espaciais-visuais pré-existentes na aquisição de aspectos espaciais da ASL?; 2) Como que as habilidades espaciais se desenvolvem em relação umas às outras? Ou seja, há alguma relação de ordem no desenvolvimento de habilidades da ASL? Existe agrupamento de certas habilidades?