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Aquisição da Língua de Sinais
Quadros, Cruz e Pizzio (2007) conforme apresentado no primeiro capítulo dessa disciplina, apresentaram resultados interessantes em relação à aprendizagem tardia de L1 em língua de sinais brasileira. Em sua pesquisa, as autoras verificaram que não só a idade de aprendizagem da língua de sinais como L1 interfere no desempenho de compreensão e produção dos indivíduos surdos, mas também o tempo de exposição à língua de sinais é determinante para um bom/mau desempenho da L1. Os dados coletados foram de alunos de escolas de surdos em idades variadas (crianças, adolescentes e adultos), sendo que foi considerada aquisição precoce de língua de sinais os alunos que tiveram o primeiro contato com a língua de sinais brasileira abaixo de quatro anos e seis meses de idade e aquisição tardia, aqueles com contato a partir de quatro anos e seis meses de idade. Para o teste de compreensão, foram apresentados a cada aluno vídeos com um surdo sinalizando uma pequena sentença e depois três fichas com desenhos que estariam representando a sentença sinalizada e somente uma delas corresponderia ao vídeo assistido. Nessa etapa, a maioria dos alunos não demonstrou dificuldade em escolher a ficha correta, que tinham em comum, sinais com a mesma configuração de mãos. Em um nível mais avançado de compreensão, os alunos assistiam a vídeos com uma pequena história e depois deveriam colocar as fichas com desenhos correspondentes à história na seqüência correta dos fatos. Nessa etapa, foi percebido um pouco de dificuldade, nem todos os alunos tiveram um bom desempenho.