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Aquisição da Língua de Sinais
Teorias de aquisição de segunda língua (Parte B)

Este capítulo trata da aquisição das línguas de sinais como segunda língua (doravante L2), ilustrando com alguns trabalhos na área o que tem se pesquisado sobre o assunto. Cabe ressaltar que o estudo das línguas de sinais como L2 são bem menos freqüentes e, por isso, é mais difícil encontrar bibliografia sobre o assunto. Só para ter uma idéia, consultando o índice do livro de resumos do TISLR 9 , só foi encontrado um trabalho que mencionasse no título a aquisição de língua de sinais como L2, dos 112 que estavam listados. Isso revela o pouco interesse dos pesquisadores no processo de aquisição da língua de sinais por pessoas ouvintes, visto que são elas que geralmente adquirem a língua de sinais como L2. Além disso, quando se fala em segunda língua para o sujeito surdo, a maioria das pessoas sempre pensa na língua falada pela comunidade ouvinte, jamais pensa em outra língua de sinais.

Seja como for, o estudo das línguas de sinais como L2 é um campo ainda inexplorado, mas riquíssimo em potencialidades para pesquisas. Essa afirmação se justifica, visto que o estudo de L2 para línguas faladas têm atraído muito interesse entre os pesquisadores e provavelmente os aprendizes de língua de sinais como L2 devem passar pelos mesmos desafios que os aprendizes de L2 em línguas faladas, ou seja, é uma área que está carente cientificamente. Ademais, o fato de as línguas de sinais apresentarem aspectos específicos devido à diferença de modalidade em relação às línguas faladas, como a questão da gramática espacial-visual, faz com que mereçam uma atenção especial dos pesquisadores.