A aprendizagem de L1 depois da primeira infância tem efeitos negativos na compreensão da linguagem por adultos, segundo Mayberry. A habilidade em compreender e lembrar frases e histórias em língua de sinais diminui na medida em que a idade da aprendizagem de L1 em língua de sinais aumenta. Esses indivíduos freqüentemente cometem erros fonológicos, produzem sinais que apresentam violação de regras semânticas e sintáticas das sentenças em língua de sinais. Há efeitos também no conhecimento gramatical da língua de sinais desses indivíduos. Eles geralmente apagam qualquer tipo de flexão gramatical quando produzem sentenças em sinais. Em contrapartida, aprendizes de língua de sinais como L1 desde o nascimento têm um desempenho muito mais apurado, apresentando poucos ou nenhum erro fonológico, de léxico ou na estrutura da sentença em língua de sinais. A aprendizagem tardia de L1 afeta não só a proficiência de compreensão e produção desses indivíduos na sua L1, como também afeta a aprendizagem de L2 em outra modalidade. Por exemplo, indivíduos que nascem surdos e adquirem uma língua de sinais cedo freqüentemente mostram altos níveis de aprendizagem de L2 de línguas faladas, nas formas de leitura e leitura labial. Em compensação, pessoas que nascem surdas e não experienciam uma língua completa até o final da primeira infância, mostram níveis baixos de proficiência em L2 falada. Ou seja, há uma forte relação entre a idade em que a L1 é adquirida e a proficiência na L2, independentemente da modalidade das línguas.