Entretanto, a diferença fundamental entre a aprendizagem de língua de sinais como L2 de um adulto e de uma criança é que o adulto depende da iconicidade para lembrar do vocabulário em sinais durante o estágio inicial de aprendizagem e a criança não. Isto é, o primeiro estágio de um adulto aprendendo língua de sinais como L2 é caracterizado por uma acentuada dependência das características icônicas dos sinais, como forma de ajudar na memorização do vocabulário novo em sinais. Porém, apesar de as línguas de sinais serem realizadas por gestos manuais, elas não são icônicas por natureza. Todas as línguas de sinais apresentam estrutura fonológica com unidades sem significado que compõem os sinais. Tanto é assim, que a iconicidade não desempenha nenhum papel na compreensão da língua de sinais por sinalizantes que são altamente proficientes (tanto sinalizantes de L1 como de L2). O que acontece com sinalizantes iniciantes é que eles provavelmente se apropriam de elementos familiares que se aproximam em natureza às línguas de sinais, ou seja, gestos e pantomima. Isto pode ajudá-los a aprender coisas básicas nas línguas de sinais, como posicionar os dedos, as mãos e os braços para a produção de um sinal e como meio de lembrar o significado de um sinal que eles estão vendo pela primeira vez. Esta estratégia pode ser comparada àquela utilizada por falantes iniciantes de uma L2, que se utilizam de padrões de sons de sua língua nativa para ajudar a lembrar de padrões de sons da nova língua que eles estão aprendendo como L2. Posteriormente, os aprendizes de L2 abandonam essa estratégia, no momento em que aprendem a estrutura fonológica da língua de sinais.