Além disso, a questão da modalidade é um aspecto importante a ser considerado no estudo de língua de sinais como L2, já que poderemos estar diante de dois tipos de aprendizagem de L2: 1) a aprendizagem de L2 unimodal, em que a pessoa conhece uma ou mais línguas de sinais e 2) a aprendizagem de L2 bimodal, caso em que a pessoa conhece uma ou mais línguas de sinais e uma ou mais línguas faladas. Já Chen-Pichler, faz a distinção entre aprendizes de L2 e de M2, sendo que o primeiro grupo é de sinalizantes nativos (tanto surdos como ouvintes) de uma dada língua de sinais que vão aprender outra língua de sinais, ou seja, L1 e L2 estão na mesma modalidade, de modo análogo a falantes nativos aprendendo uma segunda língua falada. O segundo grupo refere-se a sujeitos ouvintes, falantes de uma língua falada, que aprendem uma língua de sinais como L2. Provavelmente, esses sujeitos terão experienciado dificuldades diferentes daquelas do primeiro grupo em função da diferença na modalidade de língua.
Mayberry (2005) afirma que línguas de sinais podem ser aprendidas como L2 por meio de uma variedade de condições. Bebês podem aprender língua de sinais como uma das línguas adquiridas desde o nascimento, caso seus pais sejam usuários de língua de sinais. Nesse caso, haverá a aquisição de duas línguas simultaneamente, uma língua falada e outra sinalizada, sendo um caso de bilingüismo bimodal. Crianças também podem aprender língua de sinais como L2 na escola, depois de ter adquirido sua L1, tanto falada quanto sinalizada, enquanto bebês. Adolescentes e adultos também aprendem, com freqüência, língua de sinais como L2, sendo que nesses dois últimos casos, a aprendizagem da L2 acontece de forma seqüencial em relação à L1. No caso de adultos ouvintes, eles podem aprender por motivos profissionais, como professores, intérpretes, pesquisadores, terapeutas que trabalham com crianças e adultos surdos.