Meier (1980) observou que, assim como o Japonês e o Croata, nem todos os verbos da língua de sinais americana podem ser flexionados para marcar as relações gramaticais em uma sentença. Há verbos que apresentam limitações lexicais e fonológicas para incorporar os pronomes como, por exemplo, os verbos ancorados no corpo, como GOSTAR e PENSAR na língua de sinais brasileira. Isso sugere que as crianças surdas devem adquirir duas estratégias para marcar as relações gramaticais: a incorporação dos pronomes e a ordem das palavras. A incorporação dos referentes envolve a concordância verbal, e essa depende diretamente da aquisição do sistema pronominal. Lillo-Martin, Mathur e Quadros (1998) e Quadros, Lillo-Martin e Mathur (2001) analisaram dados da aquisição da língua de sinais brasileira e da língua de sinais americana e observaram que os casos em que não há o licenciamento de sujeitos e objetos nulos com verbos sem concordância podem estar relacionados com os casos de infinitivos opcionais, pois o objeto não pode ser nulo com verbos sem concordância. Portanto, mesmo a criança tendo duas estratégias (ou ambos os parâmetros para a marcação de línguas pro-drop), parece estar sendo observadas as mesmas restrições em relação às diferentes línguas.