Lillo-Martin e Quadros (2005/2006) verificaram evidências sobre os elementos finais com elementos não WH. Que predições seriam possíveis serem feitas com interrogativas WH com foco e as análises do movimento para direita? O que as crianças adquirindo as línguas de sinais brasileira e americana devem aprender para não misturar o WH in situ, o WH movido e o WH com foco, além das possibilidades de terem disponíveis WH repetido ou como tag? Na perspectiva da presente análise, as crianças devem aprender que a posição final é usada para foco. Partindo da proposição de que a criança primeiro terá WH in situ ou em [Spec, WH] (motivado pelas análises do movimento WH nas línguas faladas), as duas propostas apresentam diferentes predições sobre o que virá antes e o que virá depois na aquisição do WH. A seguir se apresenta um resumo dessas diferentes predições para o processo de aquisição do WH segundo as duas propostas de análise do movimento WH:
Foram analisadas as produções das crianças considerando tais predições tanto na língua de sinais brasileira como na língua de sinais americana.
Os dados de aquisição das línguas de sinais brasileira e americana
Foram observadas duas crianças surdas adquirindo a língua de sinais brasileira e duas crianças surdas adquirindo a língua de sinais americana, todas com pais surdos. Os dados observados incluíram a quantidade de enunciados e os períodos de aquisição apresentados na tabela 1.
As formas interrogativas WH foram categorizadas em quatro tipos: - WH in situ (incluindo WH em posição inicial quando a interrogativa referia ao sujeito e WH em posição final quando se referia a interrogativas envolvendo objetos e adjuntos). - WH inicial (incluindo as estruturas com objetos e adjuntos interrogativos) - WH final (incluindo as estruturas com sujeitos interrogativos) - WH duplicado (incluindo qualquer elemento WH duplicado) A seguir são apresentados os dados para ilustrar cada tipo de construção WH: Nos dados da ABY foram observadas várias ocorrências de WH in situ.