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Aquisição da Língua de Sinais
Na sua grande maioria, os lingüistas têm se ocupado em identificar o que é comum entre as línguas de sinais e as línguas faladas. Parte-se dos referenciais já propostos para as línguas faladas e os universais lingüísticos que também foram estabelecidos a partir de estudos com várias línguas faladas e propõem-se análises das línguas de sinais. O investimento nesta linha investigativa justificou-se, uma vez que na década de 60 havia um movimento intenso no sentido de “provar” que as línguas de sinais eram, de fato, línguas naturais.

Atualmente, não há dúvidas em relação ao estatuto lingüístico das línguas de sinais. Assim, principalmente a partir da década de 90, iniciaram-se investigações com o intuito de identificar não apenas o que era “igual”, mas também o que era “diferente” com o objetivo de enriquecer as teorias lingüísticas atuais.

A pergunta que antes era “Como a lingüística se aplica às línguas de sinais e aos estudos da aquisição das línguas de sinais?” passou a ser “Como as línguas de sinais e os estudos do processo de aquisição das línguas de sinais podem contribuir para os estudos lingüísticos?”

A mudança, aparentemente sutil, abre novos caminhos investigativos no campo da lingüística, buscando explicações para o que é diferente entre estas modalidades.