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Aquisição da Língua de Sinais
Quanto à produtividade, verificou-se que os tipos e tokens são similares tanto na língua de sinais brasileira, como na língua de sinais americana.

Verificou-se, também, que os verbos com concordância (não-locativos) foram infreqüentes, como DAR, OLHAR, AJUDAR. No entanto, poderíamos a partir desse número reduzido concluir que a concordância não é produtiva? A resposta aqui é não, pois há evidências de produtividade. A concordância locativa foi produtiva com muitos verbos e diferentes referentes, por exemplo, verbos como VIR, JOGAR, COLOCAR, IR, LEVAR, FICAR foram muito comuns nas produções das crianças. Além disso, verbos com concordância (não-locativas) foram usados com diferentes pessoas do discurso, apesar de serem produzidos com infreqüência. Veja os exemplos a seguir:

Se as crianças adquirissem a concordância por um processo parte por parte, elas deveriam aprender formas isoladas, não como parte de um sistema de regras. Isto não é o caso nas línguas de sinais, uma vez que as formas de concordância não podem ser listadas. O uso de diferentes locações de não-primeira pessoa constitui evidência da produtividade.