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Aquisição da Língua de Sinais
Em relação à aquisição da concordância, realizou-se uma análise por meio de um estudo longitudinal do (LÉO: 1;8-2;4) adquirindo a língua de sinais brasileira, e outra da (ABBY: 1;10-2;4) adquirindo a língua de sinais americana. Foi realizada uma análise mais detalhada dos tipos dos verbos e do contexto da sentença, bem como a análise dos dados da produção dos adultos de uma sessão por criança.

Dividiu-se as análises dos dados em três etapas. Na primeira, observou-se as categorias verbais utilizadas (verbos simples; verbos com concordância transitivos, objetos [+animate] (pronunciados ou recuperáveis) no contexto; verbos espaciais indicando trajetória do movimento; verbos simples com locativos opcionais do evento especificado; verbos classificadores (verbos manuais) associados a locativos e, por fim, gestos seguindo os critérios de Casey (2003). Na segunda, analisou-se a distribuição dos verbos com concordância quanto as suas sub-partes, ou seja, uso da orientação da mão e da direcionalidade e, também, observou-se o seu contexto semântico (imperativos, pedidos e declarações). Por último, analisou-se a produção dos adultos com a criança (geralmente a mãe) transcritas observando-se os mesmos critérios estabelecidos com as crianças (LEO (2;1) com 87 enunciados; e ABBY (2;0) com 78 enunciados).

Na primeira etapa observou-se uma produtividade de verbos simples muito maior do que de outros tipos de verbos. Os verbos com concordância foram infreqüentes, mas corretamente marcados. A concordância locativa foi mais produtiva com verbos espacias do que com verbos simples. Os resultados foram consistentes com Quadros et al. (2001).