O problema é: Qual é o grau de diferença que um "falar" de alguma região precisa ter para ser considerado um "dialeto"? Qualquer diferença de pronúncia marca um dialeto diferente? Essa pergunta não tem uma resposta simples. Os lingüistas podem ter opiniões diferentes sobre se um "falar" diferente deve ser considerado um "dialeto" ou não. O que é muito comum é que as diferenças entre os falares numa grande região formam uma continuidade dialetal. Veja a animação
(Substituir a figura abaixo pela animação feita pela hipermídia)
Nessa figura, as áreas A, B, C, D, E e F representam áreas geográficas próximas, da mesma grande região. A está próxima a B, e C está entre B e D. No entanto, A é distante de E e de F. Numa continuidade dialetal, quem mora na área A pode se comunicar perfeitamente com pessoas que moram na área B. As pessoas que moram na área B podem se comunicar com pessoas de A ou de C, mas já fica mais difícil para eles se comunicarem com pessoas vindas de D e E. As pessoas que moram na área D podem se comunicar tranqüilamente com pessoas de C ou de E, mas têm mais dificuldade quando encontram uma pessoa de B ou F. E assim por diante. As diferenças entre cada área próxima são pequenas, mas, com a distância, as diferenças acumulam, até apresentar barreiras à comunicação. No exemplo imaginário, pode parecer que as pessoas na área A e as pessoas na área F devem falar dialetos diferentes. Mas o problema para o lingüista é: Onde é que o dialeto falado na área A termina, e o dialeto falado na área F começa? Como parece ser uma continuidade, não existe nenhum lugar específico para marcar a divisão.