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Sintaxe L08/B08






Costuma-se dizer, na teoria gerativa, que as condições de boa formação de uma sentença estão diretamente ligadas à atribuição de Caso e de papel temático para os sintagmas nominais. Os sintagmas que aparecem/são realizados como sujeitos das sentenças, por exemplo, devem receber Caso nominativo da flexão. Nesse contexto da flexão, o verbo se movimenta para I para amalgamar sua flexão e o sintagma nominal se movimenta para receber Caso nominativo de I, deixando um vestígio em sua posição de base, com o qual forma uma cadeia: a cadeia por movimento. O movimento do sintagma nominal realiza-se de uma posição temática (?) e não Casual (não-K) para uma posição não-temática (não-?) e Casual (K). A esse conjunto de posições não-temática e temática de um mesmo sintagma nominal dá-se o nome de cadeia, representada aqui no exemplo (45) .
Vale lembrar que a marcação de caso dos sintagmas nominais é um fenômeno universal nas línguas naturais e não apenas uma propriedade das línguas que possuem marcas casuais morfológicas. A diferença entre as línguas é a forma como essa marcação se expressa: nas línguas que têm marcação morfológica de Caso, ele se expressa concretamente (como era o caso do latim, por exemplo); e nas que não manifestam marcação nos morfemas, ele se expressa abstratamente (como é o caso do português e de LIBRAS), daí a noção de Caso abstrato na sintaxe. O modelo, com o qual trabalhamos, prevê que todos os sintagmas nominais foneticamente realizados manifestem um Caso, do contrário, são excluídos pela gramática. Vejamos em que direção.