Veja resumo do que foi visto nas unidades anteriores. Vamos agora trazer um novo conceito para discutir com você nesta unidade, a respeito da descrição abstrata que a teoria gerativa faz das sentenças de uma língua, o esquema X-barra (X’). Postula-se que as categorias (determinadas por Princípios e Parâmetros) se submetem ao esquema X-barra. Esse esquema é o módulo da gramática que permite representar a natureza de um constituinte, as relações que se estabelecem dentro dele e o modo como se hierarquizam para formar as sentenças. Configura-se como um esquema geral capaz de projetar uma estrutura frasal com as principais categorias lexicais e funcionais, no qual aparecem distribuídas as posições de núcleo, especificador e complemento. Essas posições podem ser visualizadas em forma de árvore (estrutura arbórea) no exemplo (39) . Como já sabemos, todo constituinte se constrói a partir de um núcleo. A variável X do exemplo (39) é usada para representar qualquer núcleo, a partir do qual as relações são estabelecidas. Cada núcleo lexical/predicado (nome, verbo, adjetivo e preposição) pode projetar uma posição de especificador (YP) e uma posição destinada aos complementos (ZP), visualizada no exemplo (40) .
Veja resumo do que foi visto nas unidades anteriores. Como já vimos, na teoria Gerativa afirma-se que todas as línguas humanas dispõem de um sistema modular inato, a Faculdade da Linguagem, formado por categorias, que são determinadas por Princípios e Parâmetros. Vimos também que os princípios gramaticais universais são invariantes nas línguas naturais e determinam a natureza e a aquisição da estrutura gramatical. Embora haja princípios universais que determinam as linhas gerais da estrutura gramatical, há também aspectos particulares dela que estão sujeitos à variação entre as línguas particulares, os parâmetros. Na medida em que os parâmetros vão se fixando, as gramáticas das línguas particulares vão se constituindo.