Percebemos que as marcas morfológicas sublinhadas nos verbos das estruturas carregam traços de pessoa e número e de tempo e modo. Há, pois, uma sintaxe na formação quer da estrutura morfológica do verbo quer da sentença. Como podemos observar, no português a estrutura de flexão do verbo se dá a partir da raiz, da vogal temática (se for o caso), do morfema de tempo e modo e do morfema de número e pessoa. Retomando as sentenças listadas acima, não podemos formar o item *ganhamosre ou *mosreganha, por exemplo. Observamos, ainda, que há uma morfologia bastante específica para os verbos na gramática do português, de modo que as regras que operam na gramática dessa língua não permitem fazer sintaxe, ou juntar morfemas de tempo e modo ou de número e pessoa a itens não verbais, como mostra a agramaticalidade de itens como *mesamos e *Mariaei, por exemplo.