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Morfologia






Classes de palavras

Além da definição de termos técnicos como palavra e morfema, e da definição de formas variantes dos morfemas, isto é, dos alomorfes, um outro problema que os morfólogos têm que enfrentar é o de saber se, quando formamos palavras na língua, nós trabalhamos juntando morfemas uns aos outros – ou seja, se para formar a nossa palavrona lá do começo fazemos algo como: anti-+constitu-+-cion-+-al-+-issim-+-a-+-mente – ou se nós tomamos uma palavra já formada e a ela juntamos um morfema ou uma outra palavra – isto é, montamos a nossa palavrona partindo da forma constituir (que está à disposição na nossa cabeça desse jeitinho mesmo), juntando a essa forma o morfema -ção para obter constituição. A esta última palavra juntaremos -al para fazer constitucional, para só então fazermos anticonstitucional juntando anti- à última palavra feita. É a esta última palavra que se adiciona -íssima, para só então chegar à forma que permitirá a junção de -mente
Na unidade passada a gente falou que existem palavras que também são ao mesmo tempo morfemas, como luz ou caju, que são palavras monomorfêmicas (mono: um só). Para essas palavras não faz mesmo nenhuma diferença: a gente pode pensar que a formação de palavras se faz juntando morfemas uns com os outros – por exemplo , para formar luzir juntaríamos o morfema luz e o(s) morfema(s) -ir (veremos mais tarde que -i- é um morfema e -r é outro); ou a gente pode pensar que palavras se formam juntando morfemas a palavras já existentes – estaríamos então juntando a palavra luz com o(s) morfemas(s) -ir.