Assim, pessoas que circulam em um número mais expressivo de ambientes grafocêntricos, isto é, centrados na escrita, são normalmente expostas a um número igualmente expressivo de gêneros textuais. Entretanto, não há indivíduos que possam dominar todos os gêneros em todos os ambientes – ou regiões – culturais. Desse modo, o aprendizado de gêneros é uma prioridade para que as pessoas possam exercer sua cidadania efetivamente, ou seja, trata-se de uma forma de emancipação. Além da definição geral que demos no início desta seção – um gênero textual é um tipo de texto – os gêneros podem, também, ser definidos como atividades semióticas, isto é, atividades de produção de significados – realizadas por meio da linguagem e reconhecidas por sua organização retórica e suas funções. Seria recomendável que você agora checasse o mapa conceitual desta disciplina. Lá, você vai ver a afirmação de que o discurso se manifesta em gêneros textuais – escritos ou falados – e que os gêneros textuais se caracterizam por determinada função comunicativa e organização retórica.
SUAS FUNÇÕES Além dessas duas definições, os gêneros podem ser estudados sob muitos outros ângulos, como pode ser visto, por exemplo, nas onze diferentes abordagens contidas na coletânea organizada por Meurer, Bonini e Motta-Roth (2007).