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psicologia da educação de surdos






Pensamento voltado para o concreto e para o tempo presente

Além dos aspectos já citados, os sinais caseiros apresentam-se centrados nas necessidades básicas (alimentação, higiene, transporte...) comprometendo a qualidade e a quantidade da informação, principalmente, ao se tratar de assuntos abstratos como, por exemplo, a religião, o conceito de Deus, o conceito de morte... Nesse sentido, Goldfeld (2002) afirma que o surdo, que não tem acesso à língua nenhuma, permanece imerso em uma situação bem grave, pois está privado de compartilhar as informações básicas de uma comunidade. Adquire uma forma rudimentar de linguagem, desenvolvida pelas interações sociais que utiliza, não só para a comunicação, mas para a organização de seus pensamentos.
Nesta condição o surdo consegue expressar e compreender apenas assuntos do tempo presente. Para falar sobre conceitos abstratos lhe é extremamente difícil, pois permanecem vinculados ao concreto e em condições desfavoráveis para o desenvolvimento das funções organizadoras da linguagem e do pensamento de modo satisfatório.