HABILIDADES RECEPTIVAS E PRODUTIVAS DA LÍNGUA Na unidade 6 faremos uma “releitura” das (macro) habilidades do ensino de línguas orais, pontuando mais especificamente sobre a produção e compreensão “oral”. A literatura aponta diversas formas de se trabalhar cada uma delas em sala de aula, sugerindo atividades e técnicas variadas. Embora a discussão e teorização sobre contextos de ensino e aprendizagem da LIBRAS como L2 seja um tema incipiente, ainda em processo de construção, veremos que alguns paralelos podem ser estabelecidos com as discussões feitas em contextos de línguas orais. O objetivo, todavia, é ampliar e iluminar a discussão pensando as características peculiares da LIBRAS. Como o enfoque é de LIBRASL2, ou seja, para aprendizes ouvintes, refletiremos sobre questões de ensino da datilologia, vocabulário, gramática, sobre o papel do português e da escrita em sinais. Finalmente, uma listagem de jargões referentes às técnicas utilizadas para o ensino de línguas será introduzida e definida.
Profissionais envolvidos com a pedagogia de L2 e LE têm destacado a fala (speaking), escrita (writing), leitura (reading) e compreensão oral (listening) como macro habilidades do processo ensino-aprendizagem. A fala e a escrita, são consideradas habilidades produtivas (ou expressivas); e a leitura e compreensão oral, receptivas. Em alguns casos elas têm tido um tratamento desintegrado no ensino, em função do objetivo do curso, das necessidades dos alunos, do currículo da escola, etc. Por exemplo, no caso das escolas brasileiras, o ensino da língua inglesa tem o foco na gramática e raramente se trabalha a parte conversacional. O que fomenta esta prática é o objetivo que a escola tem em passar os alunos no vestibular, onde as habilidades da fala e da compreensão oral não são requeridas. A linha mestra dessa discussão, entretanto, é de que as quatro habilidades devem ser integradas, na medida do possível, para se desenvolver a proficiência lingüístico-comunicativa na língua alvo.