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Met de Ensino em Língua de Sinais como L2
Você deve estar se perguntando: se a língua de sinais é uma língua espaço-visual, os termos parecem inapropriados, certo? Até certo ponto sim. É mais coerente que no ensino de LIBRAS “fala” e “compreensão oral” sejam lidos, respectivamente, como “sinalização (ou expressão em sinais)” e “compreensão visual” (Wilcox & Wilcox, 1997; Gesser, 1999). A modalidade da língua requer uma nova nomeação, mas as atividades lingüístico-cognitivas continuam sendo, respectivamente, produtiva (ou expressiva) e receptiva. Na comparação das duas línguas, os dois processos são ativos e complexos, e demandam um empenho de trabalho cerebral pelo aprendiz.

E o que dizer das habilidades da escrita e da leitura nos contextos de ensino de LIBRAS como L2? Servem estas habilidades apenas para pensarmos no SignWriting (SW)? Ou será que a escrita e a leitura da língua portuguesa teria um papel neste processo de aprendizagem por alunos ouvintes? É sabido que o sistema de escrita em sinais é ainda incipiente e está em processo de padronização. Por isso, caberia o questionamento sobre a sua importância no ensino da língua de sinais para ouvintes. Esta é uma questão que precisa de mais amadurecimento e pesquisas. Não é objetivo aqui aprofundar as questões sobre a escrita e a leitura, ou ainda, sobre as teorias que investigam os aspectos de processamento cognitivo das habilidades produtivas e receptivas da língua de uma forma geral. Para o momento, apenas elucidarei alguns aspectos que são foco de preocupação no ensino das habilidades fala e compreensão oral, e na medida do possível, paralelos com a LIBRAS serão estabelecidos.