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Met de Ensino em Língua de Sinais como L2
4.3 Ecletismo no ensino
A área de instrução de línguas chegou a um ponto de maturidade que reconhece que o contexto de ensino-aprendizagem é tão complexo, variando de lugar para lugar, de um grupo de indivíduos para outro, com propósitos educacionais distintos (aprender língua para ler textos técnicos, aprender línguas para viagem, para passar no vestibular...) e com cargas horárias determinadas, que hoje não se fala mais em métodos separadamente, nem tampouco da necessidade de se criar novos métodos. Nenhuma metodologia e/ou método sozinho pode assumir a responsabilidade da composição heterogênea dos contextos e dos indivíduos. Por isso, tanto a sublimação quanto a segmentação dos métodos podem conduzir a uma prática reducionista . É desse entendimento que se fala em abordagem eclética para o ensino de línguas segundas e/ou estrangeiras, pois pressupõe que o professor pode dispor de todas as metodologias, sem que estas sirvam de dogmas em seus fazeres de sala de aula.

Entretanto, usar, combinar, adaptar e/ou refinar os métodos em questão só fará sentido dentro deste viés se o professor pensar a partir de uma relação inversa: o contexto, a situação e as necessidades dos aprendizes determinariam a prática do professor e não mais o método. Sendo assim, temos uma abordagem mais dinâmica, fluida e multifacetada, ou seja, uma abordagem que vê o ensinar-aprender, metaforicamente, como um caminho de mão dupla com várias bifurcações e atalhos...

Vale lembrar que o professor deve estar atento e preparado para fazer conexões não idealizadas entre a teoria e a prática. Caso contrário, continuaremos gravitando aqui e acolá, carregando conosco o sentimento daquilo que Coracini e Bertoldo (2003) expressam bem no título de sua obra: “o desejo da teoria e a contingência da prática”.