2.1 Os métodos em Línguas Orais Variados métodos são agrupados sob a abordagem gramatical e são desenvolvidos entre os séculos XVIII e meados do século XX. As habilidades mais enfatizadas eram a escrita, as regras gramaticais, as memorizações de vocabulário e também traduções de textos, em função da aprendizagem, no século XVIII, das línguas consideradas clássicas latim e grego – línguas estas utilizadas pela elite letrada da época na religião, filosofia, política e negócios. Orientados pelo Método Clássico, os professores eram considerados autoridades máximas, e centralizavam o ensino nas habilidades de escrita e leitura, desconsiderando totalmente a comunicação oral. Com o passar dos tempos – data-se que no século XIX – o Método Clássico começou a ser chamado de Método da Tradução e Gramática; ainda que com uma nova “roupagem” mantinha suas características originais. Este perdurou até o século XX com força e popularidade, pois “requer poucas habilidades especializadas por parte dos professores” além do que “os testes de regras gramaticais e de tradução são fáceis de construir e pode objetivamente ser pontuados na avaliação” Brown (1994: 53) [tradução minha]. Registra-se que a primeira reação contra o Método da Tradução e Gramática teve seu inicio por volta de 1920 (Celce-Murcia, 1991a: 4). Nesta onda, o argumento era de que parte gramatical usada era inapropriada para a aprendizagem efetiva da língua inglesa, além do que muita ênfase era dada em aprender sobre a língua e não em como usar a língua. Embora a tradução fosse relevante quando a comunicação internacional era feita pelo latim escrito, as tentativas de uso e extensões de ensino oral das línguas ficavam comprometidas, pois havia mais ênfase nas formas literárias e não na linguagem natural falada pelos usuários.