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Met de Ensino em Língua de Sinais como L2






1.2 L1, L2 e LE: por uma definição quase possível...
Pois bem, ainda ficou uma questão para ser esclarecida Vejamos a cena 2

A situação descrita nos remete novamente a essa fase importante na nossa construção de conhecimento: a definição dos termos. Na literatura especializada encontraremos algumas divergências, o que gera algumas confusões. Há uma tendência simplista em se conceber os termos em uma perspectiva exclusivamente de ordem: L1 sendo a primeira língua que falamos; L2 como a segunda; e língua estrangeira (LE) a língua como uma língua pertencente a um povo de outro país. No Brasil, a Língua Inglesa, por exemplo, é – do ponto de vista nacional e institucional – uma LE.

Entretanto, quando se começa a estudar contextos de minorias e contextos bi/multilingües, tais definições parecem conturbar esse entendimento. E por que isso ocorre? Por que o status da língua não deve ser definido apenas em relação à língua oficial ou nacional de um país e sim a partir da perspectiva dos usuários, em suas respectivas comunidades de fala. No cenário brasileiro, temos a língua portuguesa como língua primeira (L1) da maioria dos indivíduos, mas no caso dos surdos, trata-se de uma língua segunda (L2). O mesmo pode proceder para algumas etnias indígenas e para imigrantes alemães, italianos e japoneses, por exemplo. Além disso, o indivíduo pode ter mais do que uma L2, como é o caso bem marcado dos indivíduos de países Africanos e Asiáticos (Ellis, 1994). O bi/multilingüismo é, conforme vimos na disciplina de Lingüística Aplicada, um fenômeno mais recorrente e comum do que se pensa (Grosjean, 1996).