Quanto ao conceito de aprender, a abordagem gramatical o concebe como a internalização das formas lingüísticas e a memorização de modelos sem cogitar quaisquer intervenções dos alunos nos conteúdos oferecidos. Na comunicativa, por outro lado, aprender línguas significa saber interpretar e produzir mensagens dentro de situações e contextos particulares. Entra aí a compreensão do aluno em saber também negociar significados entre e com os seus interlocutores.
Esclarecido os elementos norteadores que definem as duas grandes abordagens de ensino de línguas – uma mais estrutural (foco na forma) e outra mais comunicativa (foco no uso) – fica ainda um lembrete: o professor é quem irá decidir, considerando as diversidades (e adversidades!), quais aspectos do ensino e da aprendizagem são mais ou menos relevantes em determinadas situações, pois é sabido que não há teoria ou combinação de teorias capazes de dar conta de todos os desafios presentes nos contextos de aprendizagem de línguas segundas e/ou estrangeiras. Mas esta questão refere-se a algumas orientações que determinam a prática do professor, assunto que discorreremos, na unidade 4, sobre as ditas competências do professor...
Vejamos agora o quadro resumido comparando os conceitos norteadores das duas grandes abordagens (baseado em Brown, 1994; Almeida Filho, 1997a, 1998).