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Met de Ensino em Língua de Sinais como L2






Retomando a segunda pergunta posta acima, que questiona a diferença sobre o significado de uma abordagem de ensino com foco na forma e outra no uso de língua, o que dizer? Em linhas gerais, pode-se afirmar que estas duas linhas mestras e orientadoras do processo ensino-aprendizagem de línguas diferem em seus construtos teóricos a partir de pelo menos, três categorias de comparação (Brown, 1994; Almeida Filho, 1997a, 1998).

Através da análise destes conceitos, encontraremos traços distintivos que nos fazem compreender quando uma abordagem é mais gramatical (forma) ou mais comunicativa (uso). Para a abordagem de viés estrutural a língua(gem) deve ser entendida e estudada a partir da análise da estrutura formal da língua alvo. Portanto, nesta abordagem se contempla o estudo da gramática, o que inclui o estudo da sintaxe e da fonética, por exemplo. As regras e as funções destas regras seriam o objeto de aprendizagem pelo aluno. No outro extremo, ou seja, para a abordagem comunicativa, a língua(gem) é concebida com um instrumento de comunicação e interação social. Os indivíduos são partícipes na construção discursiva, e de maneira sempre negociada buscam a compreensão mútua que vai além da simples decodificação lingüística. Aspectos psicológicos, sociais e culturais moldam também a comunicação verbal da língua de que fazem uso, e neste sentido, tais aspectos comporiam o contexto de significados na interação.

A visão de ensino na abordagem gramatical usualmente se pauta em livros didáticos ou materiais cujo objetivo é transmitir conteúdos da estrutura gramatical da língua alvo. Já na abordagem comunicativa ensinar uma língua é promover o desenvolvimento da competência comunicativa (e lingüística) sempre partindo da promoção de vivências do uso real e significativo da língua alvo a partir da construção de novos significados na e através da interação com o outro.